No dia 28/06/2019, o Centro de Referência em Direitos Humanos – AVESOL, ministrou 2 oficinas, pela manhã e tarde, sobre Gênero e Sexualidade para jovens atendidos pelo Projovem da Amurt-Amurtel, localizado no CRAS Ampliado – Av. Economista Nilo Wulff, s/n., Restinga, Porto Alegre/RS.
O Direito Humano à liberdade sexual, o respeito à diversidade e a redução dos riscos inerentes a prática sexual só pode ser garantido com o acesso a informação sobre tais questões.
Com isso, a oficina tratou sobre sexualidade e questões de gênero, incentivando o debate sobre o assunto que causa muitas dúvidas nos jovens. Quando se abordou a temática da gravidez precoce, muitos jovens apontaram que isso é uma realidade presente no local, tendo muitos deles pessoas conhecidas que passaram por tal situação, ou mesmo eles são filhos de mães precoces.
Debateu-se as principais consequências de uma gravidez precoce e indesejada, como o abandono escolar, pouco cuidado com a saúde do bebe, privação de acesso a melhores oportunidades de estudo e emprego, com a perpetuação do ciclo de pobreza, entre outras questões que foram trazidas pelos jovens.
Mostrou-se os principais métodos anticonceptivos e a sua eficácia, como as camisinhas masculina e feminina, remédios anticonceptivos e o D.I.U. Ao depois, realizou-se dinâmica sobre a transmissão de DST’s, em especial o vírus HIV, para que os jovens pudessem se movimentar e aprender de forma lúdica como se prevenir nas relações sexuais. Informou-se sobre as principais DST’s a que podemos estar expostos, ressaltando-se que o Estado do Rio Grande do Sul apresenta um dos maiores índices de contaminação por HIV e sífilis.
A conversa com os jovens também abordou o tema do consentimento, uma vez que quando não há consentimento em uma relação afetiva/sexual estará havendo uma violência e, muitas vezes, um estupro. Debateu-se, também o tema do gênero e da transexualidade, conscientizando-se os jovens sobre a importância do respeito à diversidade. Houve intensa participação dos jovens, os quais puderam expressar suas angústias e dúvidas sobre os temas tratados. Para isso, cada jovem recebeu um pedaço de papel e caneta para escrever perguntas que tinham vergonha de fazer em público. Houve questionamentos sobre muitas das questões abordadas, como métodos anticonceptivos, práticas sexuais diversas, etc. Ao final, todos disseram ter aproveitado muito a oficina, sendo o tema presente e atual em suas vidas.