quinta-feira, 27 de dezembro de 2018


Na última quinzena de dezembro os grupos Artes Baby, Rozú Balu e As Arteiras tiveram um momento de encontro, diálogo e formação com a AVESOL. Os grupos, conforme suas necessidades, foram convidados a refletirem sobre a Economia Solidária, desde a caminhada grupal enquanto EcoSol, construindo uma linha do tempo, até mesmo o estudo aprofundado dos 10 princípios que norteiam a Economia Solidária, confrontados com as realidades e os desafios de cada grupo. Cada momento, mesmo seguindo um planejamento, foi conduzido de maneira dinâmica, uma vez que, no diálogo os grupos trouxeram muitas questões peculiares que necessitam um olhar mais atento. Portanto, de modo geral, nos três grupos assessorados ficaram alguns desafios a serem construídos coletivamente na caminhada diária:

Maior persistência e responsabilidades nas lutas e nas resistências da EcoSol;
Maior cooperação, procura da construção de produtos coletivos, e não somente a comercialização;
Mais organização entre os integrantes, para a distribuição de tarefas e incumbências coletivas;
Atenção especial de cuidado com a casa comum, a natureza. Fazer uso de materiais reaproveitáveis.

Esses encontros de reflexão e acompanhamento estão no viés de crescimento do grupo e de seus integrantes, onde cada momento propõe contribuir para um trabalho mais cooperado e que garanta dignidade e qualidade de vida a todos os membros. 





quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

No dia 15/12/2018, o Centro de Referência em Direitos Humanos – AVESOL, por meio do convênio MDS/SNC 861471/2017, ministrou oficina sobre Direitos Humanos e Cidadania (Direitos Trabalhistas) para imigrantes haitianos na Paróquia Santo Agostinho, Rua Pero Lobo Pinheiro, Bairro Sarandi, Porto Alegre/RS.
O método de ensino foi o expositivo, incentivando-se a participação dos presentes, com amplo espaço para perguntas. Os materiais utilizados durante a oficina foram cartilhas, em francês/português com os principais direitos trabalhistas, bem como cópia do art. 7º da Constituição Federal, que traz os principais direitos assegurados aos trabalhadores no Brasil. 
Assim, a oficina abordou a temática dos Direitos Humanos e da Cidadania, dando enfoque ao Direito Trabalhista, pois é algo que gera muitas dúvidas entre a população imigrante. Foram abordadas as noções de relação de emprego, subordinação e os tipos de contratos trabalhistas. Discorreu-se sobre o conceito de salário, os benefícios adicionais que são devidos e os modos de rescisão contratual. Por fim, gizou-se sobre o direito a férias e alguns aspectos novos que foram trazidos pela reforma trabalhista.  
Houve muitas dúvidas entre os presentes que questionaram muito o fato de que, na prática, as coisas não são bem como apontadas na lei, gerando muita indignação. Com isso, apontou-se que um dos principais exercícios da cidadania é conhecer o “dever-ser” para poder agir sobre o “ser”, com o objetivo de alterá-lo. Portanto, foram passadas as principais formas de fiscalização das leis trabalhistas e a importância de seu fortalecimento, como o Ministério do Trabalho e Emprego e suas agências fiscalizadoras, o Ministério Público do Trabalho, os Sindicatos e as assessorias jurídicas particulares ou vinculadas a Universidades. Ao final, todos disseram terem aproveitado muito a oficina, pois as informações são vivenciadas cotidianamente em sua rotina como trabalhadores no Brasil.




No dia 03/12/2018, o Centro de Referência em Direitos Humanos – AVESOL ministrou oficinas sobre Gênero e Sexualidade, por meio do Termo de Fomento CRDH 861471/2017/SNC/MDH, para jovens atendidos pelo Centro Social Marista Nossa Senhora Aparecida das Águas.
A oficina tratou sobre Gênero e Sexualidade, permitindo o debate acerca de questões que perpassam diariamente a vida dos jovens.
A conversa com os jovens abordou o tema do consentimento e da pornografia, uma vez que quando não há consentimento em uma relação afetiva/sexual estará havendo uma violência e, muitas vezes, um estupro. Ao depois, abordou-se o tema do gênero e da transsexualidade, conscientizando-se os jovens sobre a importância do respeito à diversidade.
Ainda, houve uma sensibilização sobre os papéis que são impostos a cada gênero em nossa sociedade, bem como sobre as violências que ocorrem quando toma-se tais papeis como algo imutável e certo. Houve intensa participação dos jovens, os quais puderam expressar suas angústias e dúvidas sobre os temas tratados.
Ao final, após ter sido passado os canais de formalização de denúncias relativas a violências de gênero, todos disseram ter aproveitado muito a oficina, sendo o tema presente e atual em suas vidas. Informação sempre é a melhor alternativa para as tomadas de decisão mais acertadas em todas as instâncias da vida, e com os adolescentes não seria diferente

Por fim, registre-se que a sexualidade influência pensamentos, sentimentos, ações e interações e, portanto, a saúde física e mental. Se saúde é um direito humano fundamental, a saúde sexual também é considerada um direito humano básico.




No dia 10 de dezembro de 2018 ocorreu mais um encontro da Rede Ideia - Artesanato. Contamos com a presença de cinquenta e cinco pessoas representando os grupos solidários.
Todos foram acolhidos e convidados a uma breve reflexão sobre “Qual Natal queremos celebrar? ”. Após, deu-se início a uma atividade grupal de avaliação e planejamento, onde os participantes foram divididos em 7 grupos (de 7 a 6 pessoas), conforme sua atuação e participação nas frentes da Rede Ideia. Cada grupo, recebeu uma temática com a incumbência de avaliar o ano de 2018 e planejar 2019.
As temáticas foram:
-  Formações e cursos executados pela AVESOL em 2018;
- Conectando Ideias;
- Feira da Cidadania;
- Economia Solidária;
- Assessorias;
- Fundo Solidária;
- Organização da Rede Ideia (regimento, combinações...).
Assim, nos debates, os mesmos foram convidados a discutirem sobre como decorreram os momentos relacionados a sua temática no ano de 2018 e a pontuaram questões para 2019. Em seguida, a apresentarem para todos, a título de aprovação e complemento, o que foi dialogado nesses pequenos grupos. Após todas as avaliações e planejamentos serem aprovados por todos os participantes, ocorreu um momento de informes dos eventos de final de ano da Rede Ideia, e em seguida, um momento de confraternização e partilha com lanches e bebidas. 





No dia 29 de novembro a AVESOL realizou o Encontro Estadual dos Grupos de Economia Solidária. O encontro Conectando Ideias, foi realizado na Casa Marista da Juventude e contou com a presença de mais de 130 participantes representando os segmentos de artesanato, confecção, alimentação e catadores que fazem parte da Rede Ideia.
O encontro começou cedo, com a saída de um ônibus em frente a AVESOL até a CAJU, ao chegarem no local do evento os grupos foram acolhidos e convidados a formarem um círculo para iniciarmos com a apresentação de cada participante.
As atividades do dia deram conta de promover o debate sobre nosso acúmulo social e nossas tarefas para o próximo período. Os desmoronamentos institucionais do poder público, da forma como antes conhecíamos, tem levado a interpretações extremas do setor mais popular da sociedade, o que resultou a vitória nas urnas de Bolsonaro. As muitas vozes que participaram do encontro contribuíram para um balanço coletivo a respeito do resultado eleitoral 2018, o fato da maior economia da América Latina ter como orientação ajustes perversos para o povo, o giro a extrema direita e os reflexos que trará além de nossas fronteiras, ameaçando a soberania de nossos vizinhos tudo isto a serviço dos interesses Norte Americanos e do grande capital. O Dep Federal Marcon, o Vereador Roberto Robaina e o Presidente Estadual da Central Única dos Trabalhadores/CUT-RS – Claudir Nespolo, contribuíram com o debate, participando do painel que debateu os desafios de organização para os movimentos populares.
O encontro teve como símbolo o “Anel de Tucum” que durante a escravidão no Brasil era utilizado pelos negros e indígenas como forma de resistência e luta por liberdade, recriando a noção de família. Hoje o anel é usado como símbolo de compromisso com as lutas do povo. Após um dia produtivo de grandes debates, encerramos o encontro com uma mística sobre o Anel de Tucum, cada participante aceitou o anel como forma de compromisso com a Economia Solidária.






segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

No dia 30/11/2018, o Centro de Referência em Direitos Humanos – AVESOL ministrou oficina sobre Gênero e Sexualidade, por meio do Termo de Fomento CRDH 861471/2017/SNC/MDH, para jovens atendidos pela Ensino Social Profissionalizante (ESPRO).
A oficina tratou sobre Gênero e Sexualidade, permitindo o debate acerca de questões que perpassam diariamente a vida dos jovens.  O método de ensino foi o expositivo, incentivando-se a participação dos jovens, com amplo espaço para perguntas. Os materiais utilizados durante a oficina foram slides de PowerPoint e materiais de prevenção a doenças sexualmente transmissíveis e anticonceptivos. Neste sentido, foram passadas noções básicas sobre prevenção a gravidez indesejada e DST’s, bem como sobre orientação sexual. Foram passadas noções sobre o uso da camisinha e a eficácia do D.I.U.
A conversa com os jovens também abordou o tema do consentimento e da pornografia, uma vez que quando não há consentimento em uma relação afetiva/sexual estará havendo uma violência e, muitas vezes, um estupro. Ao depois, abordou-se o tema do gênero e da transsexualidade, conscientizando-se os jovens sobre a importância do respeito à diversidade.
Ainda, houve uma sensibilização sobre os papéis que são impostos a cada gênero em nossa sociedade, bem como sobre as violências que ocorrem quando toma-se tais papeis como algo imutável e certo. Houve intensa participação dos jovens, os quais puderam expressar suas angústias e dúvidas sobre os temas tratados. Ao final, após ter sido passado os canais de formalização de denúncias relativas a violências de gênero, todos disseram ter aproveitado muito a oficina, sendo o tema presente e atual em suas vidas.

Registre-se que a sexualidade influência pensamentos, sentimentos, ações e interações e, portanto, a saúde física e mental. Se saúde é um direito humano fundamental, a saúde sexual também é considerada um direito humano básico.


Na última quinzena 3 Grupos Econômicos Solidários, integrantes da Rede Ideia – AVESOL, tiveram momentos de encontro e assessoria, para dialogar e pensar sobre as realidades e necessidades dos grupos enquanto Economia Solidária frente as emergências contemporâneas. Os grupos, Pintando Presentes, Joaninhas Faceiras e Arte Família, refletiram sobre temas como, “a pertença do eu no grupo”, “economia solidária e autogestão” e “identidade e realidade”. Assim, através de uma metodologia participativa, os grupos foram sempre instigados a pensarem a partir de suas conjunturas, confrontando essas com os ideais da Economia Solidária. No decorrer de cada momento, os grupos elencaram necessidades / carências pertinentes a suas realidades, como por exemplo:

- Falta de reuniões e diálogo;
- Comprometimento nas demandas do grupo;
- Relações mais solidárias;
- Maior foco na comercialização;
- Diversificação dos produtos, materiais e técnicas;
- Mais divulgação do trabalho realizado pelo grupo.

Assim, com essa análise e constatação, passou-se a um processo de planejamento de metas e comprometimentos correlacionadas a essas necessidades e as possibilidades de cada grupo e de seus integrantes, visando o amadurecimento de todos e uma atuação e vivência mais condizente com o que é ser Economia Solidária.




quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Com a atividade cultural “África é Aqui”, por ocasião do mês da Consciência Negra, o CRDH-Avesol encerrou as atividades de 2018 no Bairro Mario Quintana, na Zona norte do Porto Alegre. Realizado durante toda a terça-feira (27), na Escola Municipal Wenceslau Fontoura, o evento teve a participação de mais de 200 pessoas, que contaram com oficinas, apresentações artísticas, feira de economia popular solidária e bate-papo sobre Direitos Humanos.
Durante o ano, alunos da escola e moradores da região participaram de diversos encontros promovidos pelo CRDH, em parceria com o Ministério dos Direitos Humanos, Secretaria Nacional de Cidadania. Os temas trabalhados englobam os eixos de cidadania, minorias, criança, jovem e adolescente, gênero e meio ambiente. A atividade de encerramento contou mostra de trabalhos e arte realizada pelo povo negro, oficinas de maracatu, midialivrismo, hip-hop, dança de rua e afro e de ritmos, além das apresentações dos grupos Tambores de Rua e Restinga Crew.
Parcerias que mudam a história da comunidade
O trabalho na comunidade é de fundamental importância para promover a consciência dos sujeitos nas comunidades da capital gaúcha. A supervisora pedagógica da escola, Alda Silveira, avalia positivamente as ações realizadas durante o ano, que culminaram nesse dia de encerramento. “Aqui estudam filhos e filhas de trabalhadores. É um bairro grande de Porto Alegre, que precisa de apoio cultural e em todos os sentidos. A gente é muito feliz de ter encontrado a Avesol, um grupo muito legal. O evento foi bem bonito, esperamos que nos próximos venham mais parcerias,” avalia.
A Ong Sociedade União da Vila dos Eucapiltos – SUVE foi uma das parceiras na realização do evento. O grupo nasceu na própria comunidade do Bairro Mario Quintana e está articulado na rede de promoção de Direitos Humanos, atuando nos arredores através da educação infantil, artes, oficinas culturais, defesa dos direitos humanos, informação, comunicação, esporte e proteção ao meio ambiente.
Como forma de dar visibilidade à importância do povo negro na constituição da cultura brasileira e de promover a autoafirmação na comunidade, a Ong Haja Luz esteve presente com exposição e contação de história afro-brasileira. A Isabete Almeida estava no estande da Ong e, com reproduções de pinturas realizadas por negros da época da Semana de Arte moderna, exemplificou: “Atuamos em escolas e comunidades com esse tipo de material que mostra que desde aquela época o negro era excluído, para mostrar aos alunos que desde lá tinham negros trabalhando e produzindo, mas não eram reconhecidos.”
O DJ Mário, da rádio Mídia Di Vila, outra apoiadora da atividade, ofereceu uma oficina de midialivrismo, juventude e hip-hop. Nela, foi trabalhada a perspectiva de que cada pessoa pode gerar sua própria informação. “No caso do bairro, incentivamos as ferramentas de comunicação para desmistificar a ideia que a mídia tradicional passa da nossa comunidade, que diz que é só um reduto de marginais. Com essa oficina a gente vem mostrar que não, que temos ações positivas, culturais e educativas que influenciam positivamente a vida desses jovens”, comenta o DJ.





Assista à transmissão ao vivo realizada direto da atividade cultural


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