O Voluntariado na Região Amazônica é realizado em parceria com a Rede Marista. Informações sobre este voluntariado podem ser obtidas pelo
e-mail: [email protected]
(Coordenação Provincial do Voluntariado da Rede Marista).
Colaboradora Marista realiza experiência de Voluntariado na Região Amazônica
A
colaboradora Marista Jaqueline Debastiane participou, no mês de janeiro de
2015, do Programa de Voluntariado para a Região Amazônica. As experiências
foram realizadas em parceria com a Rede Marista e AVESOL.
Sobre
as experiências a voluntária nos relata que as “marcas permanecerão” na
história de vida:
“Experiência Amazônica: fragmentos das
marcas que permanecem
Eu
acredito no poder das experiências, do quanto entendemos ou passamos a olhar sobre
outra perspectiva situações e problemas, quando estabelecemos relações a partir
das realidades.
Com
essas afirmações, algumas inquietações e do desenvolvimento do meu projeto de
vida, fui estabelecendo diálogos com alguns Irmãos sobre a possibilidade de um
tempo de imersão na realidade Amazônica, já que neste território existe
presença Marista.
Assim,
no dia 7 de janeiro de 2015 viajei para a cidade de Tabatinga, no estado do
Amazonas, lugar de onde partiria a várias outras cidades para vivências extremamente
significativas e desafiadoras.
Depois
da chegada e acolhedora recepção na Casa Missionária, em Tabatinga, uma jornada
de 12 dias iniciava junto às comunidades indígenas e ribeirinhas. Ir. Nilvo, a
missionária Verônica Rubi (que me acompanhou por toda essa experiência)
professores e ex-alunas do Colégio Marista São José, do Rio de Janeiro, foram companheiros
dessas primeiras experiências.
Começava
aqui uma imersão em valores, costumes, crenças, cultura, dificuldades que eu
desconhecia totalmente. Navegamos pelos Rios Tacana, Javari, Solimões para
chegar as Comunidades Ticunas de Nova Extrema, Monte Sinai, Água Limpa e a
Comunidade Ribeirinha de Teresina III.
Os
primeiros aprendizados foram da escuta atenta e olhar respeitoso. A cada
diálogo estabelecido, pergunta realizada, um mundo novo se revelava. Era necessário
olhar com respeito porque as verdades por nós construídas podem não ser as
mesmas deles, que o tempo por eles estabelecido, não pode ser medido pelo nosso
tempo. E o quanto a invasão “dos brancos” no quesito educação, religião,
comportamento, saúde os afetou de forma negativa. Originando assim uma tensão atual
para quem se aproxima dessas comunidades, de como contribuir para que eles
mantenham a sua cultura, sem com essa aproximação cometer os mesmos erros já antes
estabelecidos.
Nas
comunidades Ticunas, a partir da convivência com eles, formávamos rodas de
conversa com os adolescentes e jovens, onde dialogávamos sobre seus sonhos,
projetos, suas crenças...
Em
meio à exuberância da floresta amazônica, verdadeiras ‘escolas’ de como viver
em comunidade, se abastecer e ao mesmo tempo ser guardião de toda a riqueza que
ela dispõe, da simplicidade das relações, da relação de sobrevivência e
respeito com os rios que os locomove de lugar conforme as curvas que vai
fazendo, da sabedoria profunda que eles possuem a partir da simplicidade
cotidiana...
Já
de volta a Tabatinga, uma realidade bem diferente e muito triste de conviver: o
tráfico de pessoas e de órgãos. Conheci e convivi com pessoas que organizam
espaços de organização, justamente para divulgar e combater essa crueldade, que
se impõe como um negócio. Por Tabatinga estar localizada na tríplice fronteira
(Brasil, Bolívia e Peru), essa realidade fica bem mais complicada. Tabatinga é
também o município onde muitos missionários chegam para um primeiro contato com
a realidade amazônica, para após se deslocarem para as regiões mais distantes.
Uma
terceira fase desta experiência foi participar de uma Semana Vocacional na
cidade de São Paulo de Olivença. Uma semana intensa com mais de 100 jovens de
diversos grupos, convivendo de uma forma linda, harmoniosa e dialogando sobre
projeto de vida. Jovens sonhadores que por dias visitavam famílias, partilhando
a vida e a alegria de sonhadores com um futuro digno para todos.
Mais
que marcas na pele, trago dentro do meu coração, os lugares e águas que percorri,
os rostos, portos, crianças, adolescentes, jovens, homens e mulheres, as
comunidades e cada realidade com suas belezas e dificuldades. Pois elas
ajudaram e muito a transformar meus olhares sobre as realidades, situações, conflitos e a evangelização.
Rezo
para que eu possa ser abençoada com o inconformismo sobre as realidades que não
podem ser tratadas como naturais, com as situações injustas. E ao mesmo tempo
olhar o outro, com as suas culturas, crenças, verdades, maneiras e formas de
agir, entendendo que isso vem para somar nas relações, nos fazendo assim mais
humanos e humanas. E que não existem realidades melhores ou diferentes, mas sim
realidades que se complementam.
E
que como Maristas, possamos olhar de forma audaciosa para esse espaço, pois nossas
constituições já dizem: ‘Vamos
aos jovens lá onde eles estão. Vamos com ousadia aos ambientes, talvez
inexplorados, onde a espera de Cristo se revela na pobreza material e
espiritual’.”
A
colaboradora Marista Jaqueline Debastiane participou, no mês de janeiro de
2015, do Programa de Voluntariado para a Região Amazônica. As experiências
foram realizadas em parceria com a Rede Marista e AVESOL.
Sobre
as experiências a voluntária nos relata que as “marcas permanecerão” na
história de vida:
“Experiência Amazônica: fragmentos das
marcas que permanecem
Eu
acredito no poder das experiências, do quanto entendemos ou passamos a olhar sobre
outra perspectiva situações e problemas, quando estabelecemos relações a partir
das realidades.
Com
essas afirmações, algumas inquietações e do desenvolvimento do meu projeto de
vida, fui estabelecendo diálogos com alguns Irmãos sobre a possibilidade de um
tempo de imersão na realidade Amazônica, já que neste território existe
presença Marista.
Assim,
no dia 7 de janeiro de 2015 viajei para a cidade de Tabatinga, no estado do
Amazonas, lugar de onde partiria a várias outras cidades para vivências extremamente
significativas e desafiadoras.
Depois
da chegada e acolhedora recepção na Casa Missionária, em Tabatinga, uma jornada
de 12 dias iniciava junto às comunidades indígenas e ribeirinhas. Ir. Nilvo, a
missionária Verônica Rubi (que me acompanhou por toda essa experiência)
professores e ex-alunas do Colégio Marista São José, do Rio de Janeiro, foram companheiros
dessas primeiras experiências.
Começava
aqui uma imersão em valores, costumes, crenças, cultura, dificuldades que eu
desconhecia totalmente. Navegamos pelos Rios Tacana, Javari, Solimões para
chegar as Comunidades Ticunas de Nova Extrema, Monte Sinai, Água Limpa e a
Comunidade Ribeirinha de Teresina III.
Os
primeiros aprendizados foram da escuta atenta e olhar respeitoso. A cada
diálogo estabelecido, pergunta realizada, um mundo novo se revelava. Era necessário
olhar com respeito porque as verdades por nós construídas podem não ser as
mesmas deles, que o tempo por eles estabelecido, não pode ser medido pelo nosso
tempo. E o quanto a invasão “dos brancos” no quesito educação, religião,
comportamento, saúde os afetou de forma negativa. Originando assim uma tensão atual
para quem se aproxima dessas comunidades, de como contribuir para que eles
mantenham a sua cultura, sem com essa aproximação cometer os mesmos erros já antes
estabelecidos.
Nas
comunidades Ticunas, a partir da convivência com eles, formávamos rodas de
conversa com os adolescentes e jovens, onde dialogávamos sobre seus sonhos,
projetos, suas crenças...
Em
meio à exuberância da floresta amazônica, verdadeiras ‘escolas’ de como viver
em comunidade, se abastecer e ao mesmo tempo ser guardião de toda a riqueza que
ela dispõe, da simplicidade das relações, da relação de sobrevivência e
respeito com os rios que os locomove de lugar conforme as curvas que vai
fazendo, da sabedoria profunda que eles possuem a partir da simplicidade
cotidiana...
Já
de volta a Tabatinga, uma realidade bem diferente e muito triste de conviver: o
tráfico de pessoas e de órgãos. Conheci e convivi com pessoas que organizam
espaços de organização, justamente para divulgar e combater essa crueldade, que
se impõe como um negócio. Por Tabatinga estar localizada na tríplice fronteira
(Brasil, Bolívia e Peru), essa realidade fica bem mais complicada. Tabatinga é
também o município onde muitos missionários chegam para um primeiro contato com
a realidade amazônica, para após se deslocarem para as regiões mais distantes.
Uma
terceira fase desta experiência foi participar de uma Semana Vocacional na
cidade de São Paulo de Olivença. Uma semana intensa com mais de 100 jovens de
diversos grupos, convivendo de uma forma linda, harmoniosa e dialogando sobre
projeto de vida. Jovens sonhadores que por dias visitavam famílias, partilhando
a vida e a alegria de sonhadores com um futuro digno para todos.
Mais
que marcas na pele, trago dentro do meu coração, os lugares e águas que percorri,
os rostos, portos, crianças, adolescentes, jovens, homens e mulheres, as
comunidades e cada realidade com suas belezas e dificuldades. Pois elas
ajudaram e muito a transformar meus olhares sobre as realidades, situações, conflitos e a evangelização.
Rezo
para que eu possa ser abençoada com o inconformismo sobre as realidades que não
podem ser tratadas como naturais, com as situações injustas. E ao mesmo tempo
olhar o outro, com as suas culturas, crenças, verdades, maneiras e formas de
agir, entendendo que isso vem para somar nas relações, nos fazendo assim mais
humanos e humanas. E que não existem realidades melhores ou diferentes, mas sim
realidades que se complementam.
E
que como Maristas, possamos olhar de forma audaciosa para esse espaço, pois nossas
constituições já dizem: ‘Vamos
aos jovens lá onde eles estão. Vamos com ousadia aos ambientes, talvez
inexplorados, onde a espera de Cristo se revela na pobreza material e
espiritual’.”
Relato de Voluntário: Região Amazônica
Relato do voluntário Halley Rolando que participou do Programa de Voluntariado na Região Amazônica. Halley realizou seu voluntariado na Cidade de Tabatinga/AM e foi acolhido na
Comunidade dos Irmãos Maristas. O voluntário, natural da Colômbia, escolheu
trabalhar em projetos na área de meio ambiente, reciclagem e a problemática
do lixo na região. Para conhecermos um pouco de suas vivências ao longo de
seis meses de voluntariado segue, abaixo, os relatos:
Comunidade dos Irmãos Maristas. O voluntário, natural da Colômbia, escolheu
trabalhar em projetos na área de meio ambiente, reciclagem e a problemática
do lixo na região. Para conhecermos um pouco de suas vivências ao longo de
seis meses de voluntariado segue, abaixo, os relatos:
En un día de convivencia con los Hermanos Maristas escuche en uno de los
canales nacionales una noticia sobre Chico Mendes relacionada con el medio
ambiente, en ese entonces muy poco sabia de él y su historia, así que comencé
a buscar información y encontré cientos de artículos que tenían su biografía,
deseoso por saber más comencé a leer. Me sorprendió lo ocurrido por aquellas
fechas y me impresione por los logros alcanzados por este increíble hombre que
armado solo con el valor y el amor por el amazonas se enfrentó a los designios
del gobierno del Presidente Mello y los adinerados terratenientes, sabiendo que
ellos tenían todas las de ganar, pero esto a el poco le importo, el amor que
sentía por la tierra era más grande que sus miedos y lo dio todo por ella. El
trágico e inevitable final de sus días fue un golpe muy doloroso para mí pues
comenzaba a sentir gran admiración por este valiente.
Después de leer su historia sentí mucho dolor y entre en depresión, pensaba
que este hombre teniendo tantos y tan grandes logros en su vida como los
que obtuvo no pudo detener el asedio y la destrucción a la que está sometido
el Amazonas, y yo con mis micro proyectos en mente sentía que nada iba a
lograr que sería tiempo perdido y energía gastada en vano. Pasaron algunos
días y en mi cabeza solo rondaba este pesimista pensamiento y la tristeza
carcomía mis ilusiones de lograr un cambio, en ese momento cuando más lo
necesita intervinieron algunos amigos que desde muy lejos extendieron su
brazo para apoyarme con palabras de aliento que no decayera que continuara.
sus palabras me reincorporaron a la realidad y lo único que vino a mi mente
fue “puede que yo no vaya a cambiar el mundo ni su forma de pensar, pero si
tan solo pudiera sembrar un granito de arena en el corazón y la conciencia de
algunos y estos replicaran este granito en los que tienen a su alrededor podría
comenzar a lograrse algo” este pensamiento me animo a llevar a cabo una
exposición relacionada con el medio ambiente y la problemática de las basuras,
contaminación y soluciones con el reciclaje.
Mi idea era crear conciencia en las personas y que vieran el reciclaje como una
opción amigable con el medio ambiente y saludable con la misma sociedad,
fue cuando me decidí a participar en el II Encontro Internacional de Ensino e
Pesquisa em Ciencias na Amazonia que se llevaría a cabo en la Universidad
Estatal de la Amazonia aprovechando que contaba con el apoyo de dicha
Universidad y los Hermanos Marista comencé la investigación y la preparación
de la conferencia, reunir la información necesaria, analizarla, sistematizarla
y relacionarla con problemáticas de la región fueron los pasos a seguir. El
día 12 de diciembre del 2012 a las 2 PM se abre el encuentro internacional
y la primera conferencia es la mía titulada Plástico Usos – Problemáticas –
Soluciones, al principio los nervios se apoderaron de mi pues era la primera vez
que participaba en una charla internacional pedí disculpas por que hablaría en
español pues aunque entiendo el portugués no lo hablo muy bien y comencé.
El tema era abundante pero lo había dividido en temáticas y con la ayuda
de las diapositivas pude desenvolverlo con facilidad dure más o menos 50
exponiendo los diversos puntos que había preparado sobre el plástico y la
cotidianidad, toxicidad, problemática social, problemática medioambiental y
las posibles soluciones. 15 minutos con las preguntas en total fue una hora el
tiempo exacto que me habían dado. Fue una experiencia maravillosa y me sentí
muy bien pues fue un objetivo que había nacido semanas atrás y ese día lo
había conseguido.
Agradezco a AVESOL y a los Hermanos Maristas pues de no ser por ustedes
no hubiera vivido ninguna de estas valiosas experiencias para mi vida, el
crecimiento personal y el conocimiento adquirido es algo que no puedes
comprar ni con todo el dinero del planeta. Es por esa razón que mis
agradecimientos se extienden por haberme brindado esta hermosa oportunidad
de trabajar a su lado.
Halley Rolando Alvarez Moreno”
Voluntário AVESOL/Programa de Voluntariado na Região Amazônica
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