quarta-feira, 13 de novembro de 2019


No dia 18/10 de 2019, o Centro de Referência em Direitos Humanos-AVESOL ministrou oficina sobre Gênero e Sexualidade para profissionais da equipe técnica do CRAS Timbaúva, localizado na Rua Irmão Faustino João, nº 89 - Bairro Rubem Berta, Porto Alegre/RS.
A oficina abordou o Direito Humano à liberdade sexual, o respeito à diversidade e a redução dos riscos inerentes a prática sexual, bem como as aplicações práticas dos Direitos Humanos à liberdade (autodeterminação) e a igualdade, que incluem o respeito à diversidade de gênero e a igualdade de acesso e oportunidades para acessar os bens da vida.  
Iniciou-se discutindo o tema da sexualidade, incentivando-se o debate sobre o assunto. Quando se abordou a temática da gravidez precoce, os técnicos deram muitos relatos sobre a realidade do local, onde há grande índice de gravidez precoce. Debateu-se as principais consequências de uma gravidez precoce e indesejada, como o abandono escolar, pouco cuidado com a saúde do bebe, privação de acesso a melhores oportunidades de estudo e emprego, com a perpetuação do ciclo de pobreza, entre outras questões que foram trazidas pelos técnicos.
Mostrou-se os principais métodos anticonceptivos e a sua eficácia, como as camisinhas masculina e feminina, remédios anticonceptivos e o D.I.U. Os técnicos trouxeram suas experiências pessoais sobre os métodos anticonceptivos e como faziam para garantir uma maior eficácia com cada método.
Referiu-se a omissão de informação sobre o assunto, inclusive nos locais de atendimento à saúde. Apontou-se também que muitas vezes nas consultas médicas, não são informados os efeitos da combinação de outros remédios junto com os métodos anticonceptivos, em especial, a pílula. Ao depois, informou-se sobre as principais IST’s a que podemos estar expostos, ressaltando-se que o Estado do Rio Grande do Sul apresenta um dos maiores índices de contaminação por HIV e sífilis.
A conversa com os técnicos também abordou o tema do consentimento, uma vez que quando não há consentimento em uma relação afetiva/sexual estará havendo uma violência e, muitas vezes, um estupro.
Em seguida, adentrou-se na temática sobre questões de gênero, incentivando o debate sobre o assunto. A conversa esclareceu o que é a identidade de gênero e como esta se relaciona com as percepções sobre os papéis sociais esperados de cada um. Apontou-se a existência de diversas expressões da identidade relacionada ao gênero, apresentando o conceito de transgênero, travesti e outra performances de gênero, como drag-queen ou drag-king, entre outros. Houve uma conscientização sobre a importância do respeito à diversidade.
Neste sentido, referiu-se os dados alarmantes da violência de gênero, que causa a morte de uma mulher a cada 2h no Brasil e um homossexual a cada 28h. Perguntou-se aos técnicos o que eles já tinham ouvido só serem classificados como de determinado gênero, sendo que este reducionismo do papel social esperado conforme o gênero é um dos principais fatores da violência de gênero, pois nega a diversidade e aniquila outras expressões de gênero que não sejam as tradicionais.
Por fim, discutiu-se as conquistas do movimento feminista pela igualdade de gênero, como o direito ao voto, não discriminação no trabalho, etc., bem como problematizou-se a noção vigente de masculinidade, que impõe determinados comportamentos violentos e tóxicos aos homens.  
Houve intensa participação dos técnicos, os quais puderam expressar suas angústias e dúvidas sobre os temas tratados. Ao final, todos disseram ter aproveitado muito a oficina, sendo o tema presente e atual em suas vidas.



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