No dia 25/07/2018, o Centro de
Referência em Direitos Humanos – AVESOL ministrou oficina sobre Direitos
Humanos e Drogas para jovens atendidos pelo Instituto Brasileiro Pro Educação e
Trabalho (ISBET), localizado na Rua Voluntários da Pátria, 513, 5º andar,
Centro Histórico, em Porto Alegre/RS.
A oficina teve como objetivo
provocar o debate sobre os motivos pelos quais as pessoas usam substâncias
psicoativas, bem como informar sobre os riscos à saúde inerentes ao uso de
drogas, lícitas ou ilícitas. Assim, apontou-se que as drogas agem no cérebro e
interferem no nosso comportamento, causando danos para nós mesmos e, em
determinados casos, para a sociedade. Podem ser legalizadas (como álcool,
cigarro e medicamentos) ou ilegais (como a maconha, cocaína, crack e ecstasy).
Os efeitos do uso de drogas variam de acordo com as características de cada
pessoa, o tipo da substancia, a quantidade usada, a frequência e o ambiente. No
início, podem até ser agradáveis, relaxantes ou estimulantes, mas com o uso
prolongado essas características se perdem e os usuários tornam-se dependentes
da droga.
Ressaltou-se as estratégias
para não entrar nas drogas, como reconhecer a existência e o direito ao prazer,
destacando que é possível ter prazer sem se colocar em situações de risco,
oferecer informações corretas e realistas sobre as drogas (apresentar as drogas
com realmente são – substâncias capazes de induzir alterações no organismo) e
evitar o discurso proibicionista/terrorista (“matam, são muito perigosas,
caminho sem volta, coisa de marginal”), pois esse discurso reforça o “mito das
drogas”, estigmatiza os usuários, dificulta a busca de ajuda, leva os usuários
a se sentirem indignos de ajuda e, pior, irrecuperáveis.
Os jovens trouxeram suas
experiências com relação ao uso de drogas e pode-se perceber que muitos estavam
ansiosos em falar sobre o assunto de uma forma que não fosse estigmatizadora ou
pejorativa. Com isso, gizou-se sobre redução de danos como uma política de
saúde que se propõe a reduzir os prejuízos de natureza biológica, social e
econômica do uso de drogas, pautada no respeito ao indivíduo.
Houve intensa participação dos jovens, tendo estes comentado que o
tema deve ser mais debatido na sociedade, com a ampliação do acesso a
informação fidedigna sobre o assunto.
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