No dia 13 de julho, O Centro de Referência em Direitos
Humanos - AVESOL, realizou, a oficina
sobre os Direitos Humanos e Cidadania no Instituto São José em Santa Maria. A
oficina foi confeccionar a boneca Abayomi ressignificando sua representação
para os povos africanos, e como tem sido a diáspora dos povos imigrantes.
Debatemos com o grupo da Rede Ideia sobre a violação de direitos as humilhações
e agressões que vive hoje as famílias que buscam uma oportunidade de uma vida
melhor em outros pais. Pois sabemos que há uma legislação vigente que é a Lei da
Imigração 13.445/24/05/2017- prevê Art. 4o
Ao migrante é garantida no território nacional, em condição de igualdade com os
nacionais, a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, bem como são assegurados: III - direito à reunião
familiar do migrante com seu cônjuge ou companheiro e seus filhos, familiares e
dependentes; O grupo refletiu sobre esta realidade com alguns
comentários logo em seguida começamos a roda de conversa sobre o tema proposto
a Abayomi e seu contexto histórico. A história é que para
acalentar seus filhos durante as terríveis viagens a bordo dos tumbeiros navios
de pequeno porte que realizava o transporte de escravos entre África e Brasil –
as mães africanas rasgavam retalhos de suas saias e a partir deles criavam
pequenas bonecas, feitas de tranças ou nós, que serviam como amuleto de
proteção.
As bonecas sem costura alguma
(apenas nós ou tranças), as bonecas não possuem demarcação de olho, nariz nem
boca, isso para favorecer o reconhecimento das múltiplas etnias africanas.
Ficaram conhecidas como Abayomi, termo que significa Encontro precioso’ em Iorubá, uma das maiores etnias do continente
africano cuja população habita parte da Nigéria, Benin, Togo e Costa do Marfim.
A boneca traz a importância
histórica e social de identidade e afirmação. As artesãs da Rede Ideia ficaram
comovidas com a história de luta e resiliência, dessas mulheres e cada uma fez
sua Abayomi como resgate da história do Continente Africano e concluímos a
oficina.
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