No dia 13/12/21, o Centro de Referência em Direitos Humanos – AVESOL ministrou oficina sobre Direitos Humanos dos Idosos para artesãs de grupos de Economia Solidária integrantes da Rede Ideia, assessoradas pela AVESOL. A oficina foi realizada por meio do edital de Fortalecimento de Territórios financiado pela Fundação Luterana e Diaconia (FLD).
A oficina teve como objetivo
apresentar os principais direitos das pessoas idosas, bem como munir este
público com informações e orientações sobre como podem solicitar os benefícios
reconhecidos em lei e como devem realizar os encaminhamentos de suas
reivindicações.
Os direitos mais relevantes do
Estatuto do Idoso foram abordados com as participantes, como o atendimento
prioritário ao idoso, direitos à saúde, educação, cultura, esporte,
profissionalização e trabalho, convivência familiar e comunitária, entre
outros.
Neste sentido, afirmou-se que a
prioridade do Estatuto é garantir que a família cuide do idoso, primando pela
sua autonomia e recebendo a atenção necessária. Ou seja, os filhos têm o dever
de amparar os pais na velhice, com preferência em atendimento domiciliar. A
família é obrigada a se responsabilizar pelo idoso.
E mais, quando o idoso não
consegue se sustentar, o filho ou parente mais próximo devem pagar pensão
alimentícia a ele. Quando há omissão por parte da família, é preciso ser feito
contato e levar a informação ao Ministério Público, para que sejam tomadas as
providências cabíveis.
Durante as rodas de conversa, as
participantes reclamaram da negligência dos órgãos responsáveis pelo
atendimento, inclusive o descaso da Delegacia do Idoso com as denúncias de
violência e maus tratos, e as dificuldades nos atendimentos em saúde.
Sendo assim, ressaltou-se que o
direito à saúde não se restringe aos aspectos físicos, mas se estende para as
questões sociais e psicológicas. Foi dito que os idosos também possuem o
direito ao trabalho, com condições adequadas a sua condição física ou
intelectual, bem como o direito de viajar gratuitamente de ônibus no território
nacional, para tanto, as empresas de transporte coletivo são obrigadas a
reservar 10% dos assentos para os idosos.
Neste ponto, houve reclamações em
relação ao serviço prestado pelas empresas de transporte que disponbilizam
sempre as piores rotas para a gratuidade. Houve contribuições sobre informações
de cursos para idosos, como a Universidade Aberta para Pessoas Idosas (UNAPI),
que é um programa de extensão da Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
tendo como princípios norteadores a educação continuada de idosos, a
intergeracionalidade e a formação de recursos humanos em envelhecimento (site: https://www.ufrgs.br/unapi/).
Por fim, houve intensa
participação das artesãs as quais puderam expressar suas angústias e dúvidas
sobre os temas tratados. Ao final, todas disseram ter aproveitado muito a
oficina, sendo o tema presente e atual em suas vidas.
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