terça-feira, 28 de maio de 2019


No dia 24 de maio de 2019, em uma tarde de chuva e de encontros, estivemos na sede da Cooperativa de Costura Criativa COPEARTE, localizada no bairro Bom Jesus de Porto Alegre, para conversar sobre parcerias, sonhos e perspectivas futuras.
De conversas animadas, sorrisos e trocas, trago a frase do Raul Seixas “um sonho que se sonha só é um sonho, mas um sonho que sonha junto é realidade”. Estiveram presentes, além das componentes da Copearte, Etiane da empresa Revoada, Amanda Ely do Instituto Lojas Renner e a AVESOL na ideia de que a união faz a força necessária para voar sonhos mais altos.
A COPEARTE, empreendimento econômico solidário formado por mulheres, junta-se à Revoada para costurar novos rumos. Mas que rumos serão esses? Quem é a Revoada? Se você não conhece esse coletivo, deixamos que elas mesmas se apresentem: https://www.facebook.com/vuelistas/
 Segunda a página do coletivo no Facebook: A Revoada usa o poder do design para dar ao resíduo sólido (lixo) um novo sopro de vida. Elas criam produtos de moda como bolsas, mochilas e carteiras a partir de materiais reutilizáveis, especialmente câmaras de pneus inutilizadas e náilons de guarda-chuvas quebrados.
Desta forma o que era descartado por nós, sociedade, e que chamamos de Lixo e duraria anos em aterros, lixões e no meio ambiente, ganha um novo ciclo de vida e agrega renda para catadores e catadoras de materiais recicláveis. Ainda segundo a Revoada: Reinventando o “lixo”, também trazemos benefícios para os catadores de materiais recicláveis, comprando as capas de guarda chuvas (lixo) e as usando-as para criar novos produtos.  
Gostaria de lançar aqui uma provocação: você já parou para pensar no ciclo de vida dos produtos que consome e no tempo que eles ficarão no meio ambiente?
Os produtos nascem de ideias, são fabricados, nós os compramos e os utilizamos. Sua morte, dá-se no momento em os descartamos.  Esse é um pensamento linear que precisamos quebrar, pois chegará o dia em que não teremos mais como enterrar os resíduos sólidos. Nessa hora os governantes acharão uma boa ideia incinerar o “lixo” com a desculpa que isso gerará energia, porém, advirto que a fumaça gerada pela atividade de incineração causa Câncer e não existe tecnologia que possa inibir tal consequência. Além disso, a incineração produz subprodutos tóxicos, como os que vazaram em Mariana e Brumadinho.
Na contracorrente dessa lógica existem pessoas que querem quebrar a ideia de ciclo de vida linear dos produtos que só geram o descarte incorreto de resíduos sólidos. Pensar produtos circulares, é pensar na sustentabilidade da vida na terra e permitir que esses resíduos, que antes eram abandonados nas ruas, passem a gerar trabalho e renda para catadoras e costureiras.




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