O
Segundo Encontro Regional de Economia Solidária entre Brasil e Argentina
aconteceu em Rosário-Santa Fé – Argentina, nos dias 03, 04 e 05 de maio de
2019, tendo como tema: “Dela Resistencia a la emancipación por un mundo sin
capitalismo”.
A proposta de debate foi “Realismo capitalista”, termo criado por
Marc Fischer que diz que não há alternativa ao modo de produção capitalista.
Como disse uma vez Frederic Jameson, “É mais fácil pensar o fim da humanidade, do que o fim do capitalismo.” Todavia, para nós há sim alternativas, de modo que afirmamos que estamos construindo essas alternativas nos nossos territórios todos os dias através das nossas práticas.
Como disse uma vez Frederic Jameson, “É mais fácil pensar o fim da humanidade, do que o fim do capitalismo.” Todavia, para nós há sim alternativas, de modo que afirmamos que estamos construindo essas alternativas nos nossos territórios todos os dias através das nossas práticas.
Esse
encontro foi regado de partilha de saberes dentro do tema, de contato com
territórios de resistência que plantam, produzem e se relacionam com respeito
com a natureza e com o ser humano. Durante o mesmo, tivemos a oportunidade de
visitar o Kilombo 27, espaço autogestionado por um grupo de capoeira e por
empreendedoras e empreendedores sociais, que juntos se desafiam no dia a dia a
manter viva a cultura da capoeira de angola. Fomos ao Mercado Solidário, espaço
de comercialização coletiva e de exposição de artes, visitamos a Granja La
Carolina, onde vivenciamos a colheita de zapalas (abobóras), a moagem de trigo
orgânico, a retirada de favo de mel, a produção de chapati, pão feito com
farinha, água, sal e fermento massa madre (fermento orgânico). Fomos passando
de família em família no objetivo de nunca parar de partilhar. Ao final,
plantamos OMBU, árvore nativa que simbolizou a nossa amizade.
Durante
o encontro foram promovidas várias oficinas, desde teóricas até práticas, onde
o Empreendimento de Economia Solidária Misturando Arte contribuiu com a oficina
de Niqueleiras com ecofio e pet e Bonecas Abayomi, resgatando a cultura afro.
Também participamos da mesa sobre Movimentos sociais e territórios resistentes,
onde se trouxe relatos de práticas coletivas da Rede Ideia como forma de
resistencia ao capitalismo.
O
Encontro foi embalado por várias atividades culturais como: tango, chacareira
(dança tradicional na Argentina) e as Murgas (espécie de carnaval em forma de
teatro, mas com contexto social crítico). A Caravana do Brasil levou “Os
Quixotescos”, que apresentaram “A Ilha Desconhecida”, inspirado no conto de
José Saramago.
O
momento foi único e de experiências inesquecíveis, pois saímos recarregadas e
cheias de ideias paras nossas práticas coletivas e individuais. Por fim,
agradecemos especialmente a Avesol, que acredita na autogestão e fortalece os
empreendimentos através das suas práticas que promovem a emancipação.
Misturando Arte
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