Aprendemos ao longo de nossa história produzir e
acumular riqueza a partir da extração e destruição do meio onde vivemos, mesmo
que isso destrua a nós mesmos.
O
problema se torna mais grave quando a ambição fala mais alto
Defender
a vida tem sido uma luta incansável dos catadores de materiais reciclados. Suas
longas jornadas de trabalho, em busca do sustento digno para suas famílias tem
passado desapercebido propositalmente por aqueles que respondem legalmente pela
administração dos resíduos. É do Município a responsabilidade do sistema de
coleta, transporte e destinação final. A “máfia do lixo”, como ficou
popularizado, após inúmeros escândalos de corrupção com editais de licitação
fraudados e conduzidos sem transparência, não é exclusividade de um ou dois
governos, hoje faz parte de um sistema apodrecido em nossa administração
pública.
Mesmo
que o município cumpra com suas obrigações legais e disponha de um aterro
sanitário ou um aterro controlado ainda estamos longe de resolver essa questão.
O fato é que hoje milhares de trabalhadores tiram o sustento de sua família com
o resíduo, que é catado, classificado e comercializado. Achar que o problema se
resolve terceirizando para empresas com suas licenças de operação ambientais é
um erro que não podemos cometer.
Nosso
trabalho quanto Organização Social tem sido apoiar a luta dos catadores pelo
reconhecimento de serviço prestado, que com seu trabalho diário prolonga a expectativa
de vida de milhões, reduzindo os danos ambientais que poderia ser causado com o
volume de resíduos. Assim acabam tendo um novo ciclo e voltando para o mercado
sem precisar que seja novamente extraído alguma matéria prima da natureza, para
que novos produtos possam estar a dispor.
Ontem
quarta-feira dia 09/03/2016 foi aprovado por unanimidade o projeto de lei dos
Vereadores Fernanda Melchionna e Marcelo Sgarbossa que proíbe o processo de
queima de resíduos sólidos urbanos recicláveis no município.
Com
a sessão marcada para as 14h o governo correu para alterar o texto do projeto
propondo que apenas os resíduos oriundos da coleta seletiva estivessem
contemplados no projeto.
Nossa
resposta quanto movimento foi: NÃO CONFIAMOS NOS CONTRATOS DE COLETA E NEM NA ADMINISTRAÇÃO
MUNICIPAL. NOSSA LUTA É EM DEFESA DA VIDA E NÃO QUEREMOS ALTERAR O PROJETO DE
ORIGEM!
Fomos
vitoriosos!!!
Parabéns
a todos os lutadores que ontem mais uma vez ensinaram que o curso da história
se faz na luta!
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