O objetivo da oficina foi falar
sobre direitos humanos, economia solidária e participação social. A conversa
iniciou com os participantes falando sobre as expectativas com a feira, sobre a
realidade social de cada um, as suas comunidades, seus municípios, seus grupos
de economia solidária. Eles foram instigados a falarem algo que gostariam de
mudar em suas realidades.
Ao depois, passou-se
um pouco do que são os direitos humanos, sua história e conceito. O que se
propõe a economia solidária e a participação social. Também se ressaltou a
importância de participar dos fóruns temáticos da economia solidária e a
participação social nos conselhos. Destacou-se ainda as políticas públicas que
vêm sofrendo um desmonte com o atual governo Bolsonaro. Foi apontado que o
Conselho Nacional de Economia Solidária, por exemplo, ainda não se reuniu esse
ano e a Secretaria Nacional da Economia Solidária não está recebendo os
repasses. Referiu-se que iniciativas como a feira são importantes no
sentido de gerar renda para pessoas com visão social mais aguçada, e não para
grandes empresas.
Debateu-se a
importância de se fomentar o cooperativismo, a economia solidaria, os grupos,
para que, principalmente as mulheres artesãs, tenham uma complementação da sua
renda. Essas mulheres têm histórias diversas, muitas têm histórias sofridas,
por uma questão de dependência econômica. Então a gente sabe que esse dinheiro,
com os produtos comercializados, vai estar sendo empregado em pessoas que têm
uma visão social mais aguçada, uma destinação correta, não está fomentando o
agronegócio, não está fomentando grandes empresas capitalistas que lucram com
isso, que exploram muita mão de obra, que violam direitos trabalhistas, essa é
a importância da FEICOOP.
Sobre
a atividade de formação, a participante Lisiane afirmou que foi muito boa,
porque a AVESOL junta pessoas de diversas partes. "É muito legal esse
choque de realidades, de pessoas trazendo coisas diferentes. Cada um falou dos
seus anseios, dos medos, das coisas que querem mudar. Isso agregou um monte,
ver outras realidades." Sobre a possibilidade da feira não acontecer no
próximo ano, a artesã não vacilou: "A feira vai acontecer de um jeito ou
de outro, vai ter feira ano que vem sim”.
Ao
final, referiu-se que os desejos de mudança da realidade que foram apontado no
começo da oficina podem ser alcançados com a participação social, na
fiscalização e elaboração de políticas públicas. Após o término, houve
confraternização do grupo, em uma noite fria de inverno em Santa Maria/RS.
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