segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Nos dias 06 e 13 de setembro de 2017, o Centro de Referência em Direitos Humanos - CRDH realizou 4 oficinas sobre Gênero e Sexualidade para cerca de 90 adolescentes entre 11 e 16 anos, atendidos pelo Instituto Leonardo Murialdo, em Porto Alegre/RS.
Os objetivos das oficinas foram promover a reflexão nos jovens sobre a importância do respeito às diferenças, educar para a afirmação dos direitos sexuais e de gênero como Direitos Humanos, desconstruir concepções e desigualdades impostas secularmente, baseadas no modelo patriarcal, machista e sexista e educar para uma visão de mundo em que é necessário reconhecer-se como um ser humano antes de se definir o gênero e assim respeitar as escolhas e diferenças de cada um.
A adolescência é uma fase natural do desenvolvimento humano, sendo marcada não só pelas transformações do corpo, mas também por reflexões pessoais de identidade. Na oficina, em roda de conversa, debateu-se com os jovens as mudanças biológicas e psicológicas que marcam esta fase.
Abordou-se, também, os conceitos de Orientação Afetivo-Sexual, Identidade de Gênero e respeito à Diversidade. Ainda, como é na adolescência que geralmente começam as primeiras experiências sexuais, foram apresentados os riscos das relações sexuais desprotegidas, tais como DST´s e gravidez indesejada, bem como os métodos preventivos para manter relações seguras e responsáveis. No mesmo sentido, dentro do tema em análise, discutiu-se sobre a importância da consciência corporal, do consentimento sexual e a prevenção do abuso sexual. 
Houve grande participação dos jovens, os quais falaram de suas percepções sobre as mudanças do corpo, consentimento, estupro, bem como suas duvidas em relação à sexualidade. 
Por fim, conversou-se sobre os papéis sociais que são impostos aos gêneros e quanto uma sociedade machista e sexista contribui para a violência contra a mulher e contra os homossexuais. Assim, foram apresentados aos jovens os mapas da violência contra a mulher e contra os homossexuais, a importância da Lei Maria da Penha, bem como os canais de denúncia para acessar a rede de proteção.

Veja-se que a temática trabalhada se mostrou muito importante. Refletir com os jovens as questões de sexualidade e gênero, apresentando informações seguras, esclarecendo dúvidas, ajudam-lhes a fazer escolhas com mais consciência, promovendo relacionamentos mais saudáveis e contribuindo para a construção de uma sociedade mais tolerante e igualitária entre todos. 



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