sexta-feira, 5 de agosto de 2016

No dia 3 de julho, quarta-feira, o CRDH realizou a segunda edição do “Sarau Capoeira com Direitos”, em parceria com o Grupo Olùfé Capoeira do nosso voluntário, o contra-mestre Marcelo. O tema proposto para as intervenções artísticas foi o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, comemorado em 25 de julho.

A data foi instituída a partir do 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, realizado pela Rede de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas em 1992, em Santo Domingo, na República Dominicana, em reconhecimento às contribuições de luta e resistência da mulher negra à escravidão e ao racismo no continente e pela necessidade de se discutir as desigualdades raciais e de gênero de maneira interseccional, que colocam a mulher negra em desvantagem na sociedade mesmo em relação à mulher branca.

No Brasil, a Lei n° 12.987/2014, sancionada pela Presidenta Dilma, instituiu no dia 25 de julho o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, em consonância com a data internacional e prestando homenagem à “Rainha Tereza”, como ficou conhecida líder quilombola. Tereza viveu no séc. XVIII no Vale do Guaporé, hoje Mato Grosso, e liderou o Quilombo de Quariterê, após seu companheiro, José Piolho, ser morto por soldados. O lugar abrigava mais de 100 pessoas, com aproximadamente 79 negros e 30 índios. O quilombo resistiu da década de 1730 ao final do século. Tereza foi morta após ser capturada por soldados em 1770.

Enquanto o projetor passava imagens e textos de mulheres negras ícones culturais e referências no enfrentamento ao racismo, tanto do passado como do presente, como Aqualtune, Dandara, Carolina de Jesus, o sarau passou a receber intervenções das pessoas presentes, com roda de capoeira, vídeos sobre a história da data e leitura de poesias.

Foram distribuídas poesias de poetisas conhecidas nacionalmente (ou nem tanto, considerando que o próprio ensino e cultura colocam as contribuições da mulher em papel subalterno) para as pessoas recitarem. Além disso, contamos com expressões autorais de mulheres que estiveram presentes, como a capoeirista Mariana, do Grupo de Capoeira Angola Áfricanamente, e de Lilian Rocha, do Sopapo Poético, que leu poesias suas publicadas em livro.


Para aquecer a todas e todos, foi servido um delicioso caldinho de feijão!







0 commentário:

Postar um comentário

Comentários com expressões ofensivas serão excluídos.

YouTube

YouTube
Assitir vídeos da AVESOL no canal de YouTube

Arte Por Toda Parte

Arte Por Toda Parte
Conheça um pouco do projeto Arte Por Toda Parte

Notícias arquivadas

Tecnologia do Blogger.

Como Chegar

Principais Contatos

51 3221 2318

[email protected]

Seguidores