No dia 18/06 de 2021, o Centro de Referência em Direitos Humanos-AVESOL ministrou duas oficinas, por plataforma on-line, sobre Direitos Humanos e Prevenção ao Uso de Drogas para jovens do programa Jovem Aprendiz Pólo Tecnológico Marista/Turismo Ecológico, em Porto Alegre/RS.
A oficina teve como objetivo provocar o debate sobre os motivos pelos quais as pessoas usam substâncias psicoativas, bem como informar sobre os riscos à saúde inerentes ao uso de drogas, lícitas ou ilícitas. Assim, apontou-se que as drogas agem no cérebro e interferem no nosso comportamento, causando danos para nós mesmos e, em determinados casos, para a sociedade. Podem ser legalizadas (como álcool, cigarro e medicamentos) ou ilegais (como a maconha, cocaína, crack e ecstasy). Os efeitos do uso de drogas variam de acordo com as características de cada pessoa, o tipo da substância, a quantidade usada, a freqüência e o ambiente. No início, podem até serem agradáveis, relaxantes ou estimulantes, mas com o uso prolongado essas características se perdem e os usuários tornam-se dependentes da droga.
Ressaltou-se as estratégias para não entrar nas drogas, como reconhecer a existência e o direito ao prazer, destacando que é possível ter prazer sem se colocar em situações de risco, oferecer informações corretas e realistas sobre as drogas (apresentar as drogas com realmente são – substâncias capazes de induzir alterações no organismo) e evitar o discurso proibicionista/terrorista (“matam, são muito perigosas, caminho sem volta, coisa de marginal”), pois esse discurso reforça o “mito das drogas”, estigmatiza os usuários, dificulta a busca de ajuda, leva os usuários a se sentirem indignos de ajuda e, pior, irrecuperáveis.
Os jovens trouxeram suas experiências com relação ao uso de drogas e pode-se perceber que muitos estavam ansiosos em falar sobre o assunto de uma forma que não fosse estigmatizadora ou pejorativa. Com isso, expôs-se o conceito de redução de danos como uma política de saúde que se propõe a reduzir os prejuízos de natureza biológica, social e econômica do uso de drogas, pautada no respeito ao indivíduo.
Houve intensa participação dos jovens, tendo estes comentado que o tema deveria ser mais debatido na sociedade, com a ampliação do acesso a informação fidedigna sobre o assunto.
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