Infelizmente, Porto Alegre foi palco de mais um
triste assassinato ocorrido na madrugada do último dia 4. O crime por si só já
merece repúdio e investigação atenta das autoridades. Segundo a imprensa,
porém, paira uma suspeita de crime de ódio. Crime de ódio contra uma
transexual.
Curiosamente,
o crime ocorre em meio a um boicote promovido por setores obscurantistas contra
uma campanha publicitária onde pessoas do mesmo sexo trocam presentes no dia
dos namorados. Boicote que tem apenas uma tônica, o preconceito.
O
ódio por si é um sentimento que revela muito mais sobre quem odeia, do que
sobre aquele que é odiado. Quanto de discursos, e até mesmo piadas, carregados
de preconceito, que mesmo que pareçam inofensivos como na polêmica referida,
ajudam a alimentar o ódio?
O ódio resulta em
violência pelos mais variados motivos. Todavia, quando o ódio se junta ao
preconceito e a intolerância e a comunidade responde com indiferença a essa
junção ignominiosa, acaba dizendo mais sobre a coletividade do que sobre quem
comete o crime de ódio. A história é pródiga em demonstrar que a banalização do
mal leva a atos de barbárie. Confirmado mais um assassinato por crime de
transfobia, deve-se ligar não apenas um alerta para a impunidade, deve-se,
sobretudo, ligar-se um alerta para todos nós, sem exceção.Mais notícias em http://correiodopovo.com.br/Noticias/558206/Policia-investiga-suspeita-de-homofobia-em-assassinato-na-Capital.
0 commentário:
Postar um comentário
Comentários com expressões ofensivas serão excluídos.