Reflexo de uma construção necessária para agrupar a
esquerda em 2001, o Fórum Social Mundial segue hoje sendo uma das apostas dos
setores anticapitalistas, buscando apontar saídas populares e democráticas para
política social e econômica mundial.
Muitos de nós da Economia Solidária tivemos nosso
primeiro contato com esta “nova forma de organizar o trabalho” a partir dos
debates construídos nas tendas deste evento.
É inegável que a cada edição que participávamos,
mais fortalecidos nos sentíamos. Hoje a Economia Solidária é expoente
fundamental deste debate de mudança, não apenas com novas ideias, mas com
práticas que foram ao longo dos anos demonstrando que é possível produzir sem
excluir, respeitar as diversidades e criar uma nova cultura política, econômica
e social radicalmente horizontal.
Temos um longo caminho na implementação das
transformações necessárias, há muito que se estudar e viver, pois a “prática segue
sendo o critério da verdade”, e é nela que a Economia Solidária tem demonstrado
que é possível viver bem sem explorar. Hoje temos a certeza que não estamos
sozinhos nesta jornada, muitas lutadoras e lutadores sociais tem somado forças
a cada dia que passa.
O Fórum Gaúcho de Economia Popular e Solidária contou
com apoio financeiro da AVESOL para participar com uma comitiva no Fórum Social
Mundial que neste ano ocorreu na Bahia. Estivemos em todos espaços de debate do
movimento de Economia Solidária.
Assim como em 2001, agora em 2018 seguimos com a
tarefa de resistir contra as ofensivas neoliberais que voltaram a acumular
forças no campo ideológico, após uma série de experiências com governos
populares. A ofensiva neoliberal no continente latinoamericano demonstra que suas
práticas não estão apenas em gabinetes políticos ou na administração de grandes
empresas, mas atuam paralelamente com suas milícias, matando pobres,
trabalhadores, negras e negros, LGBTQI, comunidade indígenas e todos aqueles
que sonham por um mundo melhor.
A Economia Solidária seguirá resistindo e avançando.
Agradecemos a AVESOL por contribuir para viabilizar
este momento rico em nossas vidas e tão importante para construção de nosso
movimento.
Katiucia Gonçalves, Militante do Movimento de Economia Solidária
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