Depoimento da voluntária Filomena V. de Almeida (Psicóloga/Voluntária):
Há muito tempo atrás escutei uma frase que dizia: "Nada do que vivemos tem sentido se não tocarmos o coração das pessoas" (Cora Coralina). E, realmente nada na vida tem sentido se não tocarmos o coração das pessoas; se não tivermos a chance de demonstrar amor e ajuda ao próximo.
Aprendi desde criança
que se quisermos contribuir para formação de uma sociedade melhor
onde pessoas que precisam e esperam por essa ajuda, é essencial doar-se
para o outro. A verdade é que estando em contato com pessoas que
precisam, estaremos devolvendo ao “Deus” de cada um de nós,
as experiências de vida e discernimentos que “Ele” nos permitiu.
Sou psicóloga, concluí minha graduação em
fevereiro/2016 e desde a minha infância convivo com familiares idosos, daí
minha escolha em atuar com este público alvo.
Durante minha graduação, eu tinha
em meta no trabalho voluntário uma oportunidade de colocar em prática uma série
de habilidades que já possuía, mas também de aprender mais, fazendo algo
que se encaixava muito bem com os meus valores. Uma característica do
voluntariado é estar envolvido com algo que você realmente escolheu fazer e que
se identifica, e não por obrigação ou necessidade. O importante é
encontrar algo que te completa e que te dá a sensação de que realmente
está fazendo a diferença, para você e para o próximo no local onde você está atuando.
E, isso só foi possível, após minha
graduação, quando pesquisando na internet encontrei o site da AVESOL,
mantive contato e agendei uma entrevista com o Coordenador do Voluntariado, Sr.
Gilmar Pauli o qual sou grata pela oportunidade de ser voluntária pela primeira
vez. O que sinto ao fazer um trabalho voluntário não é possível inserir em
linhas, só se doando para saber como é bom e gratificante, pois quando você entra nesse
“caminho” se surpreende com a quantidade de coisas boas que recebe. Ainda que
você entre pensando em apenas se doar, acabamos por receber mais do que doamos.
Existe uma frase que adoro e me propicia
sentir útil até nas pequenas atitudes cotidianas: “Ninguém é tão rico que não precisa de ajuda, nem tão pobre que não
possa ajudar. ”Sim, precisamos uns dos outros!”
Sou voluntária desde outubro/2016 na
Associação de Assistência Social dos Amigos de Santo Antônio (Porto Alegre), um
pensionato onde residem 40 idosas. As residentes são muito especiais, mas
carentes de atenção e aí que entra o meu trabalho com um projeto de intervenção
“Oficinas estimulando a convivência entre idosas” com foco na interação social
e de um “olhar para si”. Não consigo expressar tantos sentimentos
que elas me proporcionam em palavras, vale a pena ser uma voluntária, pois
recebo muito mais do que dôo à elas e é esta minha motivação: Fazer o bem ao
próximo, resgatar alegria em quem já a esqueceu, dar amor a quem precisa, criar,
inovar, devolver a importância de sentir-se útil novamente. É este sentimento
que eu gostaria que contagiasse as pessoas. Gostaria que todos soubessem como é
louvável fazer parte disso.
Todas as 5as. f vou lá, a cada despedida
recebo das idosas um beijo, um abraço e
um “muito obrigado por fazer por nós”;
saio com o coração marcado pelo dever cumprido! Serei eternamente grata por
cada experiência que me é proporcionada neste lugar.
Sou
voluntária com muita dedicação e comprometimento!
Então, deixo aqui minha mensagem,

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