sexta-feira, 29 de julho de 2016

No dia 28 de julho o CRDH/AVESOL promoveu sua edição mensal do Café com Direitos, tendo como tema, desta vez, as violações de diretos humanos dos grupos LGBT, especialmente a intolerância e a violência que, nos últimos tempos, vêm atingindo dados alarmantes provocados pela LGBTfobia (lesbo, homo e transfobia).
Como exemplo recente, temos o ataque à boate gay de Orlando, EUA, que deixou o mundo chocado. Entretanto, no Brasil a realidade de violência é também perversa. Diariamente são divulgadas notícias de mortes e agressões LGBTfóbicas, como a do estudante negro e gay da UFRJ no início de julho, vítima de homofobia e racismo, e da Rainha da Diversidade de Cachoeira do Sul, vítima de transfeminicídio. Além disso, o Brasil é sabidamente o país que mais mata travestis e transexuais do mundo: de 2008 a 2014, 604 assassinatos foram registrados, segundo a ONG Transgender Europe. Esta situação fez com que o jornal The New York Times afirmasse no dia 5 de julho que o "Brasil vive uma epidemia de violência homofóbica". 
É papel do CRDH dar visibilidade ao tema e provocar discussões interdisciplinares que alcancem aspectos como políticas de enfrentamento ou de retrocesso, entendimentos acadêmicos sobre violência, identidade de gênero e sexualidade, dados de violência e de acesso a direitos, dentre outros. Por isso, para introduzir as discussões em falas iniciais, foram convidadas militantes e pesquisadoras da áreas: Priscila Leote, que é coordenadora da ONG Outra Visão e conselheira do Conselho Estadual Conselho Estadual de Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais do RS; Alice Hertzog Resadori, Mestra em Direitos Humanos pela Uniritter e Procuradora Adjunta do Município de Canoas; e Luisa Helena Stern Lentz, advogada do G8 do SAJU/UFRGS e Vice-Presidenta do Conselho Municipal de Direitos Humanos.
Priscila falou sobre a realidade das ONGs que trabalham com os temas LGBT, das questões específicas de grupos que não recebem atenção devida em espaços especializados, como as lésbicas e transexuais no acesso à saúde, e nas dificuldades enfrentadas pelas mulheres trans na inserção nos movimentos feministas, devido a preconceitos internos e desconhecimento sobre as dinâmicas de gênero e de identidade, gerando estigma e invisibilidade. Ressaltou que o transfeminismo precisa do apoio dos movimentos feministas que já possuem debates e acúmulo teórico e militante de décadas. Também, a partir da sua experiência como técnica de enfermagem, relatou pequenas discriminações no dia-a-dia dos espaços médicos que afastam estes grupos dos cuidados básicos que precisam ter.
Luisa Stern trouxe dados da violência transfóbica e experiências do seu trabalho como advogada no Grupo 8 do Serviço de Assessoria Jurídica Universitária da UFRGS, que desde 2012 realiza mutirões de ações judiciais para mudança do registro civil - nome e sexo - de travestis e transexuais. Ela também explicou as mudanças do Judiciário na aceitação destas demandas, que representam um alívio na vida diária de quem não possui documentação formal de acordo com sua identidade de gênero, mas que deveria ser um direito garantido sem a necessidade de judicialização ou de patologização (é uma questão de identidade, não de "doença", mas ainda há um código médico identificando um transtorno para justificar a mudança do registro). 
Alice falou sobre sua experiência militante e acadêmica no estudo e acompanhamento das demandas das travestis, especialmente a mudança de registro, a ala do Presídio Central para travestis, transexuais e companheirxs e políticas específicas LGBT que ajudou a construir na cidade de Canoas. Ressaltou que o direito possui um campo de estudos sobre a proteção contra discriminações, o direito da antidiscriminação, que está ligado ao direito à igualdade previsto na Constituição. Partindo dos dados de violência e do estigma que enfrentam as travestis, apresentou uma série de respostas do direito, como portarias, leis, interpretações atuais que são conquistas positivas dos movimentos sociais. Apesar disso, demonstrou como a incompreensão sobre os conceitos de sexo, gênero e orientação sexual coloca barreiras no exercício destes mesmos direitos garantidos.  
Após as provocações das convidadas, o público passou a interagir com colocações extremamente importantes e qualificadas, destacando discriminação institucional, discurso de ódio, bancada evangélica do Congresso e tipos de violência, que incluem a simbólica. Contamos com a presença da Secretaria Municipal de Direitos Humanos, através da Secretaria Adjunta da Livre Orientação Sexual, da Ouvidoria da Defensoria Pública do Estado, da ONG Coletivo Feminino Plural, de profissionais que trabalham no Presídio Central, de representação especializada em temas LGBT do Gabinete da Deputada Maria do Rosário, do G8 do SAJU da UFRGS e outras pessoas que encheram a sede do CRDH.




quarta-feira, 27 de julho de 2016


Aconteceu nos dias 19, 20, 21, 25 e 26 de julho de 2016 o processo de seleção para novos Doutorzinhos. Foram 519 inscritos, sendo 146 interessados em fazer parte de um projeto de doação e muita solidariedade.

A ONG Doutorzinhos atua em seis (6) hospitais e uma (1) entidade social, sempre levando aos pacientes, acompanhantes e equipe de profissionais, grandes doses de amor, de carinho e de muitas risadas. Os Doutorzinhos são voluntári@s, dedicando parte de sua vida no treinamento em “ser palhaço”, com comprometimento, dedicação e levando amor a quem precisa.

A AVESOL além de participar do processo de seleção, também efetiva o Voluntariado por meio de documentação legal, formação e organização social comunitária. Infelizmente faz-se necessário a escolha de algumas pessoas para atuar na ONG Doutorzinhos, visto que o processo de formação e trabalho nos hospitais exigem critérios delicados e acompanhando permanente dos voluntários. Lidar com saúde e doença é uma linha limítrofe entre o bem estar e a vulnerabilidade. Contudo, todos os interessados também ser voluntári@ em outras Organizações Sociais parceira da AVESOL.

Parabenizamos a todos e todas que participaram desse processo conosco!

Voluntariado adote essa ideia!


SELECIONADOS Julho 2016:

Ana Carla Adorian
Anderson Marques Pinto
André Luis Souza do Nascimento
Andressa Soares de Andrades
Bianca Pimentel Zacouteguy
Bruna Pires Alfonsin Cardoso
Gabriele Lopes Meireles da Rocha
Hilda Helena Fernandes Silva
Italo Luan Cruz de Almeida
Izabella Rodrigues Rosa
Karen Kasper Tadros
Ligia Maite Avila
Mayara Casagrande Batista da Silva (desistiu do processo de seleção)
Monica Smith
Priscilla da Silva Freitas
Régis Fabricio Conceição
Ricardo Dias Del Mauro
Richard Bruno da Silva
Roberta Borsatto
Rodrigo de Freitas Miranda 
Talita Menger Silveira

SUPLENTES
1 - Karen Kasper Tadros (selecionada)
2 - Ruthely Alves Neri
3 - Giovanni Modica Freitas Cabral
4 - Luciana Bresolin Vieira
5 - Eduarda Houayek








sexta-feira, 22 de julho de 2016

Por ser entidade parceira da AVESOL, principalmente do Programa de Voluntariado, o MDCA – Movimento pelos Direitos da Criança e do Adolescente convidou o Centro de Referência em Direitos Humanos para aplicar oficina sobre Violências e Violações de Direitos Humanos, no Encontro de Formação de Educadores, realizado no último dia 18, na Escola Gema Belia.
A metodologia utilizada pela equipe do CRDH foi a adaptação do jogo “Fuxico”, desenvolvido por estudantes de pedagogia da UFSC, em 2011, para trabalhar conceitos e fatos importantes sobre gênero, sexualidade, racismo, discriminação, legislação e políticas públicas específicas que combatem as violações de direitos humanos.
A dinâmica consiste em formar grupos, cujo mediador ou mediadora escolhe uma cartela contendo um “conceito” ou uma “variedade”. Após, o(a) mediador(a) lê algumas dicas que incentiva o grupo a pensar sobre conceitos como violência de gênero, ações afirmativas e sexismo, ou variedades como a Declaração Universal dos Direitos Humanos ou a política Brasil Sem homofobia. Os acertos do grupo determinam seu avanço no tabuleiro de 50 casas.

No debate posterior, foi discutida a importância dos conceitos teóricos que explicam processos sociais e contribuem para a inclusão de grupos antes invisibilizados e do reconhecimento das suas diferenças. Também se concluiu que leis, conceitos, políticas e metodologias são instrumentos importantes para a litigância e a educação em Direitos Humanos, aproximando teoria e prática. Os conceitos e teorias acadêmicas não devem mistificar a realidade, como vem ocorrendo com a chamada “ideologia de gênero”, por exemplo, mas devem antes explicar fenômenos que, sem tais aportes e discussões renovadas, ficavam à margem da atenção dos pesquisadores, das entidades sociais e dos defensores de direitos humanos. Por fim, destacou-se que o acesso à informação através da internet tem possibilitado aos jovens debater e se apropriar de discussões antes deixadas de lado, o que força os(as) educadores(as) a manter constante atualização, tanto na teoria quanto nas metodologias lúdicas de ensino e aprendizado. 



segunda-feira, 18 de julho de 2016

A AVESOL acompanhou a participação dos empreendimentos econômicos solidários da Rede Ideia-Cultivando o Amanhã durante a Feira Latino Americana de Economia Solidária, em Santa Maria. Fomos a maior rede solidária presente no evento, estivemos com 70 trabalhadoras/es da Ecosol.
A Rede Ideia também participou do Encontro Regional Sul da Rede de Comercialização Solidária (Rede Comsol), promovido pelo Instituto Marista de Solidariedade - IMS, por meio de dois integrantes, que foram referendados na assembleia da Rede Ideia, representando a Feira da Cidadania.
1° Dia - Estivemos presentes na formação organizado pelo Fórum Gaúcho de Economia Solidária afirmando a necessidade de nossa independência política construindo como estratégia ações de autofinanciamento. Muitos companheiros de outros estados também se fizeram presente compartilhando suas experiências e reafirmando sua posição em apoio a democracia em nosso país. 
2° Dia - A experiência de comercialização durante a feira enriqueceu o espírito coletivo da Rede Ideia, pois tivemos que nos dividir para participar das atividades que o evento proporcionava. Alguns de nossos companheiros participaram das formações nas salas do Colégio Irmão José Otão, enquanto outros comercializavam.
No sábado, a Assembleia Popular do Movimento Nacional de Economia Solidária teve como ponto de unidade a defesa da democracia e a necessidade de superação das relações de trabalho. Afirmou-se a necessidade de seguir com espírito de enfrentamento e resistência, lutando por uma sociedade mais justa e igualitária. Durante a noite os empreendimentos da Rede Ideia tiveram espaço para socializar suas experiências após a janta no seminário São José, local onde estávamos hospedados.
Espaços como o de Santa Maria nos ajuda a ver o quanto somos fortes com coragem e capacidade de organizar um outro modelo de produção, capaz de superar as relações excludentes do capitalismo. Enquanto políticos e economistas buscam a as formas mais difíceis e complexas de explicar como conseguem gerar tantas desigualdades entre os povos, a Economia Solidária se apresenta na sua forma mais humana respeitando o ser humano e o meio ambiente.
Neste ano, foi observado pelos empreendimentos da Rede Ideia a presença significativa de imigrantes na feira e a falta de políticas públicas inclusiva ao povo refugiado, sendo a FEICOOP um espaço de acolhida, mesmo com divergências na proposta de organização para o trabalho.

Queremos agradecer aos organizadores do evento Projeto Esperança/Cooesperança. Continuamos na luta, dispostos a construir uma sociedade justa e solidária!



segunda-feira, 11 de julho de 2016

No dia 6 julho de 2016 foi realizado a primeira edição do Sarau “Capoeira com Direitos”, no Centro de Referência em Direitos Humanos – AVESOL. Por meio do Programa de Voluntariado da AVESOL, o Contramestre Marcelo, do Olùfé Capoeira, realiza aulas gratuitas de capoeira todas as quartas-feiras no CRDH. O projeto prevê atividade cultural, uma vez ao mês, mostrando que capoeira é expressão de resistência e luta de Direitos Humanos. Com a temática “Julina”, o Sarau envolveu as crianças e seus pais e mães, Irmãos Maristas e Postulantes, acolhendo com uma deliciosa comida típica: arroz de leite, bolo de milho, pipoca, bolo de chocolate, salgados, pinhão, quentão e sagu.
Algumas expressões culturais marcaram o Sarau, desenvolvendo questões relacionadas ao racismo, à igualdade racial e a cultura afro-brasileira. Os grupos de Capoeira têm um importante trabalho enquanto educadores para educação racial e resistência de lutas. Com uma roda de capoeira, todos puderam interagir entre si e aprender um pouco mais das tradições africanas. Na ocasião, o Mestre do Grupo Olùfé, Bolivar, se fez presente, bem como o Contramestre Marcelo. Também estiveram presentes os grupos de Capoeira Áfricanamente, Aruanda e o Coletivo Roda de Mandiga.
Dentre as atividades culturais, a educadora Rosimara Borges, e o ator, diretor de teatro e educador social Everson Silva, apresentaram contação de histórias e interpretação de provérbios, respectivamente, ligados as questões de aceitação das diferenças raciais e a histórias africanas. Tivemos apresentação do Berimbau Roots do Sacramento do grupo Áfricanamente e o poema autoral recitado por Mariana Fagundes que expressa um pouco do sentimento do Sarau:

“Eu vim da África
Eu vim com raça
com cor
com princípios
Sou negra
com cores que vazam
que urgem  por entre meu
cabelos, brincos, pulseiras, miçangas
Trago a realeza em mim
origens de um guerreiro
de guerreiras ancestrais

Se trago no peito ainda
angústias dor e solidão
Carrego na mente toda a
Compreensão de um povo africano
África na mente e no coração
Capoeira que liga
Capoeira que volta
Capoeira que é religião
Revolta une desune
Eu jogo com a África
Eu sou África
Capoeira negro negra
homem mulher”
(Mariana Fagundes – Grupo Áfricanamente de Capoeira Angola)
  
O Centro de Referência em Direitos Humanos tem como um de seus principais pilares a promoção dos direitos humanos, da igualdade racial e o combate ao racismo e os preconceitos. É muito importante, para construir uma sociedade justa e igualitária, construir ambientes onde todas e todos possam ser aceitos independente de sua cor de pele e de sua origem social.
Acreditamos que isso é possível por meio da manutenção das tradições afro-brasileiras e enaltecimento das africanidades presentes em nosso dia-a-dia. Este trabalho é um trabalho minucioso e que exige esforços grandes de comunicação com todas as idades, e a educação infantil é uma forte aliada para a formação de cidadãos conscientes sobre o passado de escravidão do país e as dificuldades que a sociedade e os negros e negras sofrem hoje em dia.






quarta-feira, 6 de julho de 2016

SONHO, DIGNIDADE, ESPERANÇA E LUTA X CAPITALISMO” 

A Rede Ideia Cultivando o Amanhã - tem buscado fortalecer o movimento de economia solidária estimulando a ocupação de todos os espaços para que o debate necessário da disputa ideológica possa ser vivenciado a partir das pratica da organização do trabalho e tomada das decisões coletivas como elemento estratégico para construção de um projeto sócio econômico global.
A 12° Feira da EcoSol em Santa Maria ira nos oportunizar avançar na organização desse debate. Segunda-feira, dia 04 de julho, em assembleia, 79 trabalhadores da ECOSOL – Rede Ideia estiveram reunidos na AVESOL para debater nossa intervenção no encontro.
Somos uma das muitas Redes de Economia Solidária que tem buscado ampliar o diálogo e aproximação com outros movimentos sociais assim como os movimentos de luta pela moradia, a cultura, o MNCR, entre outros.
A riqueza de nossa pluralidade se expressa nas muitas experiências vividas pelos trabalhadores da EcoSol que defendem a ruptura com capitalismo.

Sairemos em caravana no dia 07 de julho rumo à Santa Maria, levando a certeza que estamos em luta por um mundo mais justo e solidário!




sexta-feira, 1 de julho de 2016

Na quarta feira, dia 29 de junho, foi realizado o Café com Direitos no Centro de Referência em Direitos Humanos – AVESOL. Seguindo as rodas de diálogo, oficinas e intervenções deste mês, o tema do café foi Direitos Humanos e Meio Ambiente. Objetivou-se compreender a relação entre os direitos básicos dos homens e mulheres e a relação com o espaço em que se vive: a casa, a rua, o bairro, a cidade.
Trouxemos o convidado Edison Costa (CEBI) para tratar as questões relacionadas ao saneamento na cidade de Porto Alegre, com enfoque para questões dos arquipélagos do Guaíba, e também discutir a importância política da Campanha da Fraternidade do ano de 2016, cujo tema é “Casa Comum, Nossa Responsabilidade”, para discutir o acesso a saneamento básico para os brasileiros e brasileiras e as questões de saúde envolvidas neste direito.
Discutiu-se no Café com Direitos como há uma enorme incompreensão sobre a relação entre habitação e saneamento pelas comunidades. Embora possa ser evidente como há relação entre o direito à moradia e o direito à água potável e esgoto tratado, há uma dificuldade de conscientização geral sobre o assunto e este é um dos maiores desafios para a defesa do direito à saneamento.
Os governos locais, segundo a discussão com representantes comunitários e militantes presentes, parecem estar preocupados com o lucro e a velocidade dos projetos de habitação, que são interessantes para visibilidade política e campanhas eleitorais. Há um grande problema no Rio Grande do Sul, pois são feitas obras de moradia popular em terrenos de banhados, que são mais baratos mas naturalmente serão locais de enchente nos períodos de chuva. Essas casas são rapidamente construídas, mas estão em áreas de muito risco para os futuros moradores.
Somando a esta questão, há um descaso com os recursos para tecnologia de saneamento básico e melhoria das redes de tratamento de água e esgoto. Sabe-se que em Porto Alegre, apenas 29% do esgoto é tratado. A população precisa ter consciência de que saneamento também é um direito e que é de suma importância lutar por ele. Não importa ter apenas uma moradia, mas sim ter o acesso ao cuidado de seu esgoto e a limpeza dos mananciais de seu bairro, para evitar contaminações e doenças virais.
Outro problema está relacionado ao lixo. Dos três tipos – orgânico, seco e não-reciclável – apenas o último deveria ir para os aterros. No entanto, é enorme a quantidade de lixo que deveria estar sendo reciclado ou compostado e que chega nesses espaços por descaso dos órgãos públicos em fazer o envio correto e também da dificuldade de campanhas de conscientização sobre o lixo produzido nas casas.

Discutiu-se, por fim, a importância política da Campanha da Fraternidade, como um movimento de visibilização, desses problemas que todas e todos sabemos existir mas não nos movimentamos como deveríamos. O CRDH fica feliz com a força da campanha e apresenta a necessidade de delicadeza e perspicácia na comunicação com as comunidades mais carentes sobre estas questões, para que se saiba acessar a realidade individual e coletiva de cada vivência e possibilitar a consciência sobre os direitos tanto à moradia quanto saneamento, para que as pessoas possam lutar por condições mais justas de vida, cobrando os serviços básicos de saneamento, observando as obras de habitação popular, cuidando do lixo e do esgoto produzido dentro de casa e criando espaços mais saudáveis em nossas cidades.



No dia 23 de junho a Câmara Municipal de Ijuí promoveu uma audiência pública para debater a proposta enviada pelo executivo aos vereadores solicitando adesão do município no consórcio para queima de resíduos em Panambi.
Defender a vida tem sido uma luta incansável dos catadores de materiais reciclados, suas longas jornada de trabalho em busca do sustento digno para suas famílias tem passado desapercebido propositalmente por aqueles que respondem legalmente pela administração dos resíduos, pois é do município a responsabilidade do sistema de coleta, transporte e destinação final. Portanto, não negociamos nossos direitos e sim defendemos!
Esse foi o tom dado pelos mais de 80 catadores que estiveram presentes na audiência pública rechaçando a proposta de adesão ao consórcio prévios na PL que ainda não tem data para votação.
A vereadora do Município Rosane Simon, professores da universidade Unijuí e nos dá AVESOL junto com a procuradoria do trabalho nos somamos a luta dos catadores do município e questionamos a falta de política para inclusão produtiva dos catadores, pois o município ainda não dispõem de seu Plano de Gerenciamento de Resíduos urbanos. 
A forma como grandes empresas tem encontrado para acumular suas fortunas tem sido devastador a vida.
Lutamos por uma nova matriz energética que não agrida o maio ambiente.
Lutamos por uma reciclagem popular e solidária.


SOMOS TODOS CONTRA INCINERAÇÃO!




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