8° SEMINÁRIO DE
ECONOMIA POPULAR SOLIDÁRIA DE VIAMÃO
“Parece que foi ontem, que um grupo de mulheres resolveu
se organizar e vender seus artesanatos no centro da cidade como forma de
sustentar suas famílias e lá se vai mais de 30 anos não consigo me recordar de
todos que estavam com nós, mas foi ali que começou nossa história”. (Gladis Fraga)
No
dia 28 de setembro, o Fórum Municipal de Economia Popular Solidária do
Município de Viamão comemorou seu 16º aniversário promovendo o 8° Seminário
Municipal de Economia Popular Solidária. O evento contou com a participação da
AVESOL – Associação do Voluntariado e da Solidariedade, o qual mediou o encontro
através do colaborador Douglas Filgueiras, mediador, e do Irmão Miguel Orlandi, membro do Conselho Diretor, como palestrante. Também
fizeram parte da mesa: o Secretário do Trabalho, Emprego e Renda do Município de
Gravataí, Denner Leopoldo, a Secretária Adjunta, Tais da Silva Marcelino, e a
senhora Gilvana Wagner, Coordenadora do Fórum Municipal de Economia
Popular e Solidária do Município.
O evento
também contou com a presença do ex-prefeito e vereador Eliseu Fagundes Chaves –
RIDI, do vereador Sérgio Antonio Kumpfer, do Vereador Leandro Aguirres e a
senhora Ester Hessenling, ex-vice-prefeita do município.
Na
parte da manhã, o tom do debate foi de perspectiva histórica, com definição do modelo econômico e seu ciclo de acumulação no sistema
capitalista,caracterizando a formação de grandes riquezas no mundo, em que o
projeto oferecido está calcado no individualismo. A busca por novos rumos e por
uma saída concreta ao desemprego, precedida por grandes mobilizações, pela
insatisfação dos resultados políticos desse modelo, e faz com que se antecipe, de
forma incipiente, uma proposta de planificação social da economia, denominando-se
como economia social, em alguns países da América latina, se popularizando no
Brasil como economia solidária. Propondo a humanização das relações de trabalho,
com perspectivas que vão além do sistema vigente, até mesmo um conceito
que de longe nosso país só ouviu falar, como bem estar social, a economia
solidária nasce com uma proposta clara de superação ao capitalismo.
Durante
a tarde, os EES compartilharam suas experiências. sonhos e relatos, como o da
senhora Gladis Fraga “Parece que foi ontem, que um grupo de mulheres resolveu
se organizar e vender seus artesanatos no centro da cidade como forma de
sustentar suas famílias e lá se vai mais de 30 anos não consigo me recordar de
todos que estavam com nós, mas foi ali que começou nossa história”. Demonstrando na
prática que a ideia de que não é mais resolvendo de forma individual, mas com
ações coletivas que poderemos oferecer um projeto de transformação, ocupar
espaços públicos, disputar um novo projeto e fazer algo, mas a forma coletiva é
a grande marca da economia solidária. Para isso é preciso nos mantermos
organizados. A partir dos fatos levantados no seminário foi proposto como
iniciativa uma frente parlamentar para que se discuta de forma madura o espaço da
economia solidária no na administração pública.