Rosali de Fátima Oliveira Santos, a Rose, como é mais conhecida na comunidade onde mora, superou barreiras e venceu muitos desafios ao longo de sua história pessoal e familiar. Quando menina ajudava o pai na lida da fazenda no interior do Paraná, mãe amorosa teve dois filhos.
Fixando residência na Borda do Campo, no Município de São José dos Pinhais, passou pelas dificuldades que muitos migrantes sofrem. Em 2003, vivia numa condição peculiar de vulnerabilidade quando buscou apoio em um projeto social para receber cesta de alimentos, e nesse projeto teve sua própria realidade transformada. Passou a ser voluntária nesta ação que além de fornecer cestas de alimentos começou a servir
alimentação para crianças de cinco comunidades próximas. A cada dia seu envolvimento aumentava, passando a participar como liderança comunitária em alguns espaços. Em 2006, assumiu como Agente de desenvolvimento Local na primeira edição do Projeto Brasil Local em seu estado, da qual até hoje integra, estando o Projeto em sua terceira edição. Em 2007 liderou a criação de uma cooperativa, sendo atualmente a presidente, com o objetivo de melhorar as condições de vida de várias mulheres e suas famílias moradoras da comunidade. Hoje a mesma mantém diretamente cinco famílias que desenvolvem ações e prestam trabalho no meio urbano e rural ligado a Agricultura Familiar e economia Solidária.
Rose coordena também um Projeto ligado à Segurança Alimentar e Nutricional, A Cozinha Escola Mulher guerreira, que tem como maior parceiro e mantenedor o Instituto Renault. A cozinha fornece alimentação diária para aproximadamente 120 crianças em situação de risco nutricional, juntamente com suas mães, avós e responsáveis, encaminhados pelo CRÀS e fornecem aproximadamente cem almoços para duas empresas locais. Além do trabalho social desenvolvido na comunidade, as mulheres guerreiras que trabalham na preparação das refeições e lanches já conseguem ser remuneradas pelo seu trabalho prestado.
Rosali, afirma que foi graças também ao Projeto Brasil local que a realização desses trabalhos se tornou possível, e que apesar da dor do luto pela perda de um dos filhos em 2009, buscando trabalho a força para continuar transformando e melhorando as condições de vida de
inúmeras famílias.
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