Durante os quatro dias da Feira do Cooperativismo de Santa Maria, que aconteceu de 11 a 14 de julho de 2013 no Rio Grande do Sul. Mostrando que Outro Mundo é Possível e outro tipo de Economia já acontece mais ou menos 900 empreendimentos expuseram seus produtos feitos através de trabalhos em conjunto. Sem patrão nem empregado, mostram que a construção de um novo tipo de trabalho passa por uma nova reforma no mundo do trabalho. De acordo com os organizadores da feira, mais de 200.000 pessoas passaram pelo pavilhão, vindas de 27 países.
Do Brasil, houve representação dos 26 Estados e do DF, com 530 municípios presentes movimentos sociais, indígenas, quilombolas, feministas, sem-terra e sem-teto participaram no evento mostrando os frutos de seu trabalho.
A Feira contou também com o Acampamento no Levante Popular da Juventude, que já acontece há nove anos. Com a participação de 600 jovens de todo o Estado do RS vieram a Santa Maria. O Acampamento é um momento de troca de experiências vivenciadas entre os jovens de diferentes realidades foram debatidas entre outras pautas as mobilizações realizadas em todo o País e um conjunto de lutas que os próprios jovens estão organizados.
O pavilhão da Agricultura Familiar com produção agroindustrial, agroecologica, produtores vindos de todos os cantos do Estado, mostrou a diversidade de produtos que são produzidos pelos agricultores/as, como salame, queijos, rapaduras, licores, erva-mate, entre tantos outros. A Agricultura Familiar com o apoio das políticas publica cada vez tem a crescer, apoiando e incentivando os agricultores/as a produzirem cada vez mais produtos ecológicos e a preocupação entre os feirantes da agricultura e com o meio ambiente e com o futuro do País.
Além do artesanato e da agricultura familiar, chamou a atenção a presença de bancos comunitários e clubes de troca. Vistos como alternativa ao uso do dinheiro corrente, e como forma de desenvolvimento local, esse movimento já conta com 81 moedas organizadas pelo Brasil.
“As pessoas trazem seus produtos aqui para a banca, ai nos estipulamos um valor, por exemplo:
R$10. Então a gente dá 10 mates para poder trocar na banca e você ter um produto e vai trocar por outros. O Mate já existe há 9 anos, e as trocas funcionam em várias cidades do RS”.
Katiucia Gonçalves, do empreendimento Misturando Arte, participa dos Fóruns Gaúcho e Brasileiro de Economia Solidária. Para ela, a feira é um momento de muito importante para o movimento:
“Para nós, é um momento de encontro. Até final de julho, todos os fóruns estão se mobilizando para trazer suas caravanas, mostrar seus produtos, participar dos debates, e ajudar a construir essa outra economia que a gente já vem fazendo na nossa base. Então é um momento de muito aprendizado e de integração do movimento. A economia solidária representa uma estratégia de desenvolvimento econômico, que mobiliza a grande massa e faz com que ela perceba que ela é o ator principal do processo produtivo. Ela faz com que o trabalhador se impúbere na atividade de produção. Ela é o que o mundo precisa hoje: respeito às pessoas, ao meio ambiente, e o ser humano no centro do trabalho”.
Para a AVESOL a feira é um momento de troca de experiências, troca de ideias, e por que não dizer de comercialização, onde os empreendimentos mostramos os seus produtos que foram produzidos em conjunto e em rede. A feira contempla todo um trabalho realizado em um ano, contempla a vivência entre outros Estados e países, momento de fortalecimento do Movimento da Economia Solidária.
A AVESOL contou na feira em Santa Maria Com vinte e Quatro (24) grupos e duas (2) voluntárias intercambistas que fazem parte do programa do voluntariado, envolvidos e assessorados diretamente pela entidade de apoio que nos quatro (4) dias de feira, compartilharam experiências, trabalhos, e principalmente o trabalho em conjunto que e uma das marcas da REDE IDEIA.
quarta-feira, 24 de julho de 2013
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