sexta-feira, 6 de março de 2015



Apesar de todos os avanços obtidos com a luta das mulheres na conquista de direitos, ainda são rotineiras as situações de violência contra as mulheres. Todos os dias, no Brasil e no mundo, milhares de mulheres são espancadas, agredidas, desmoralizadas, estupradas, assediadas, enfim, vilipendiadas de todas as maneiras possíveis e inimagináveis.
A violência, que não é apenas física, também é psicológica, cultural e social. Veja-se, por exemplo a discriminações que ainda persistem no mercado de trabalho, que se manifesta até mesmo na escolha profissional. Pois ainda se convive coma percepção de que certas profissões são exclusivamente femininas (em áreas como Educação, Saúde, serviços domésticos, entre outras), de modo que quando as mulheres optam por profissões consideradas “masculinas” (em áreas como transporte, segurança, engenharia...) são estigmatizadas, com prejuízos para sua remuneração, sociabilidade e realização profissional.
A violência a mulher ganhou em complexidade na contemporaneidade. Isso acontece quando de um lado a própria imagem da mulher é alvo de desumanização através de sua hipersexualização.  Objetificada, a mulher torna-se mercadoria. Apenas um corpo oco de sentimentos e emoções pronta para servir a lascívia masculina. Um objeto de desejo que impõe um padrão de beleza inalcançável, que apenas produz frustração, depressão e baixo-estima generalizado. Ao lado da hipersexualização, valores conservadores são incutidos desde a infância nas mulheres para   que sejam dóceis donas de casa, boas mães, fieis e sexualmente recatadas. A condição feminina, o ser mulher, encontra-se em um verdadeiro simulacro de exigências contraditórias, desencadeando uma brutal opressão psicológica. 
Praticada cotidianamente, em diversos âmbitos, portanto, a violência a mulher parece estar enraizada nos costumes e tradições sociais. Mulheres pobres, negras, imigrantes de regiões periféricas, sem dúvida são as maiores vítimas do preconceito. A falta de acesso a informações sobre seus próprios direitos, somada a uma sociedade desigual onde predominam valores classistas, racistas, machistas e patriarcais, criam severos obstáculos nas lutas feministas por mais reconhecimento, dignidade, justiça e igualdade de gênero.

Apesar do cenário sombrio, a luta das mulheres, no entanto, não pode parar. O dia 8 de março não é apenas uma homenagem as mulheres assassinadas em uma fábrica de Chicago por melhores condições de trabalho. O dia 8 de março é o dia da mulher, é o dia em que as mulheres devem lembrar que apenas juntas e organizadas poderão mais. 

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